- Não tinha pensado nisso D. Albertina - retrucou Marisa, refletido sobre as palavras dela. - Mas acho que é verdade. No fundo, no fundo, demos muitas desculpas em nome do orgulho e sentimos orgulho de procedermos assim. Não é engraçado ?
- Isso tudo é falta de amor , minha filha. No dia em que realmente aprendermos o real significado do amor, aí sim, estaremos prontos para nos libertar do orgulho e de tantos outros sentimentos difíceis.
- Talvez precisemos ainda aprender a amar. Acho que só conhecemos o amor egoísta, que tudo pede e nada dá em troca.
- O amor é um só Marisa. Nós é que não entendemos muito bem o que é amar e costumamos ter uma visão meio distorcida do amor. Acho que nós só conseguimos ver o amor desse jeito porque temos uma percepção muito limitada da vida. Por tudo isso é que costumamos dividir o amor. Amor aos pais, aos filhos, aos amigos.
- E não é assim ? Não são formas diferentes de amar ?
- Acho que essa é a forma como vivenciamos as coisas, talvez porque precisemos experienciar vários momentos da vida para conseguirmos entender essa coisa unica que é o amor. O amor não se divide. Ele é só um, embora se manifeste por várias formas, e, aí sim, vem a classificação: amor de mãe, de filho, de amigo etc. Mas tudo é a revelação de uma mesma verdade, que é unica. Talvez seja para isso que estamos aqui, para aprender a amar. Desde as formas mais rudimentares do de amor até as mais sublimes, vamos aprendendo a conquistar esse sentimento. Devemos respeitar e compreender aqueles que aparentemente não conseguem amar. Porque, lá no fundo, o amor está presente - olhou de soslaio para Sandra e prosseguiu: - Ainda que seja apenas pelo seu cachorro, pela árvore no quintal ou até por si mesmo. Dessa pequenina semente é que vai desenvolver o amor.
- Acha mesmo D. Albertina, que todo ser humano é capaz de amar ? Mesmo os mais empedernidos?
- Penso que o amor é o sentimento natural do ser humano, e é em direção a ele que todos estamos caminhando. Pode até ser que nos tenhamos distanciado dele em algum momento de nossas vidas, mas isso é porque fomos criados ignorantes e tivemos que aprender sozinhos, e os prazeres transitórios do mundo costumam ser bem mais atraente você não acha? Aos pouquinhos, porém, depois de alguns tropeços, de várias tentativas, erros e acertos, vamos aprendendo e integrando dentro de nós as várias facetas do amor. primeiro, só aprendi a amar a mim mesmo. Depois, comecei a vislumbrar o outro e comecei o amor apaixonado. Depois, tive filhos e compreendi o amor materno. No meio de tudo isso, senti amor pelas plantas, pelos animais ou até mesmo pelo trabalho. Não importa. É vivenciando todas essas experiências que vamos levando para nossa essência esses pedacinhos do que é amor, para poder integrá-lo em uma unica coisa e maior. Até chegar o dia em que compreenderemos o que é o amor universal, que é o amor sem apegos, sem preconceitos, sem preferências, sem ciúmes. E, quando tivermos que fecha o ciclo de nossa existência, já teremos aprendido tudo isso e estaremos aptos a vivenciar em nós a integralidade desse sentimento (...)
Livro : Só por amor
De : Mônica de Castro ( pelo espírito de Leonel)
Gostei do seu blog *-* lindo.
ResponderExcluirSeguindo...
Beijos GC
http://gigglescandy.blogspot.com