E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada.
O que mais me deteve, do que pensei, era assim:
a perda do amor é igual à perda da morte.
Só que dói mais.
Quando morre alguém que você ama,
você se dói inteiro- mas a morte é inevitável, portanto normal.
Quando você perde alguém que você ama,
e esse amor - essa pessoa - continua viva,
há então uma morte anormal.
O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu.
E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo.
Mas não se tem, nem se terá.
Caio Fernando Abreu
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