sexta-feira, março 18, 2011

É sempre assim ....



E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. 

O que mais me deteve, do que pensei, era assim: 
a perda do amor é igual à perda da morte. 
Só que dói mais.
 Quando morre alguém que você ama, 
você se dói inteiro- mas a morte é inevitável, portanto normal. 
Quando você perde alguém que você ama, 
e esse amor - essa pessoa - continua viva, 
há então uma morte anormal. 
O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. 
E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo. 
Mas não se tem, nem se terá.
Caio Fernando Abreu

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